Sífilis no homem: esteja atento
A sífilis no homem é uma infecção sexualmente transmissível originada pela bactéria Treponema pallidum, sendo predominantemente transmitida por meio de relações sexuais desprotegidas.
Essa doença tem apresentado um aumento preocupante de casos em diversas partes do mundo.
Assim, é fundamental compreender os sintomas, os métodos de prevenção e a importância do diagnóstico precoce para combater essa enfermidade e promover a saúde integral dos homens.
O que é a sífilis e quais os principais sintomas?
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema pallidum.
Essa doença pode se manifestar em diferentes estágios clínicos, sendo eles:
Sífilis Primária
A primeira fase ocorre algumas semanas após a exposição à bactéria.
Então, um ferimento indolor chamado cancro surge no local de entrada da bactéria, frequentemente nos órgãos genitais, ânus, boca ou lábios.
Sífilis Secundária
Se não for tratada, a sífilis progride para a fase secundária, que geralmente ocorre algumas semanas a meses após o aparecimento do cancro.
Nesta fase, podem surgir sintomas sistêmicos, como erupções cutâneas, lesões nas mucosas, febre, dores de cabeça, dores musculares e fadiga.
Os sintomas podem desaparecer mesmo sem tratamento, mas a infecção continua a se desenvolver.
Sífilis Terciária
Essa fase pode se desenvolver anos após a infecção inicial.
Nesta etapa, a doença pode afetar órgãos internos, como o coração, cérebro, nervos, olhos, ossos, articulações e outros tecidos.
Como a sífilis é transmitida e quais são os fatores de risco para os homens?
A sífilis é transmitida principalmente por meio de relações sexuais desprotegidas com um portador da infecção.
A infecção pode ocorrer através do contato com feridas ou lesões visíveis, mas também pode acontecer mesmo na ausência de sintomas visíveis.
Assim, homens que praticam sexo desprotegido, especialmente com múltiplas parcerias, correm um maior risco de contrair sífilis.
É fundamental estar atento, pois não tratar esta condição pode trazer uma série de complicações, a saber:
- Lesões Cutâneas;
- Complicações Neurológicas;
- Complicações Cardiovasculares;
- Aumento do Risco de Infecção pelo HIV;
- Úlceras e Feridas Recorrentes;
- Impotência Sexual.
Quais são os métodos de diagnóstico da sífilis no homem e com que frequência os homens devem fazer testes?
A sífilis pode ser diagnosticada por meio de testes rápidos ou laboratoriais.

Quando o paciente possui uma lesão, podemos coletar material e encaminhar para análise para detectar a bactéria Treponema pallidum.
Ademais, é possível também identificar a doença a partir de exames de sangue que investigam a presença de anticorpos específicos para a bactéria.
Quanto à frequência dos testes para homens, idealmente, deve haver conscientização sobre a importância dos exames periódicos anuais.
Isso é particularmente relevante para aqueles que têm comportamento sexual de risco, múltiplos parceiros sexuais ou que estejam em grupos de maior vulnerabilidade.
Como é o tratamento para a sífilis no homem?
Na sífilis primária e secundária, uma única injeção de penicilina benzatina é bastante utilizada.
Para casos mais avançados, como a sífilis terciária ou latente tardia, o tratamento pode requerer doses mais prolongadas.
O tratamento deve ser encaminhado pelo urologista, após isso, exames de acompanhamento são essenciais para avaliar a eficácia da terapia.
Lembrando que, na ausência de tratamento adequado, o paciente pode progredir de lesões na pele a danos ósseos, complicações cardiovasculares e problemas neurológicos.
Como prevenir essa infecção?
A prevenção da sífilis envolve práticas que reduzem o risco de transmissão da infecção.
Algumas medidas importantes incluem:
Uso de preservativos: o uso consistente e correto de preservativos durante todas as relações sexuais é indispensável;

- Testagem regular: a realização de testes regulares para sífilis e outras ISTs, como AIDS e HIV, é fundamental, especialmente para aqueles que têm atividade sexual de risco;
- Limitação de parceiros sexuais: reduzir o número de parceiros sexuais pode diminuir o risco de exposição à sífilis;
- Comunicação aberta: estabelecer uma comunicação com os parceiros sobre a importância da prevenção, o uso de preservativos e a realização de testes é importante para manter relacionamentos sexuais seguros.
Além disso, recomenda-se que os homens contem com o acompanhamento regular do urologista.
Marcar visitas regulares a esse especialista favorece um ambiente para tirar dúvidas, discutir práticas preventivas e realizar exames de rotina.
Portanto, em caso de dúvidas ou ao perceber qualquer sintoma incomum, agende uma consulta!
Dr. Eder Rocha
Urologia e Cirurgia Geral
CRMPI 5615
- Especialista em Cirurgia geral pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo;
- Especialista em Urologia pelo Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo;
- Título de Especialista em Urologista - TiSBU;
- Membro da Sociedade Brasileira de Urologia;
- Atualmente , Coordenador da Cirurgia Geral do Hospital Regional Justino Luz em Picos/Pi;
- Dr. Eder Rocha atende na Clínica Medcenter de Picos onde se dedica a oferecer uma consulta completa para indicar o tratamento mais apropriado para a realidade de cada paciente.