Cistectomia: quando é necessária?
A cistectomia é um procedimento cirúrgico que envolve a remoção completa ou parcial da bexiga.
Esse tipo de procedimento é empregado para tratar condições graves, como câncer de bexiga ou outras doenças que afetam a função desse órgão.
Assim, dependendo da gravidade do caso, além da remoção de parte da bexiga ou de toda ela, estruturas próximas também podem ser contempladas durante o procedimento.
Entenda melhor sobre o assunto neste artigo!
O que é a cistectomia?
A cistectomia é um procedimento complexo de remoção cirúrgica da bexiga, quando existe acometimento tumoral da musculatura do órgão.
Existem vários tipos de cistectomia, incluindo a cistectomia radical, que envolve a remoção completa da bexiga e tecidos circundantes, e a cistectomia parcial, que envolve a remoção apenas de parte da bexiga.
No geral, a escolha do procedimento mais adequado dependerá do tipo, grau e localização do tumor.
Independentemente disso, considera-se a cistectomia uma cirurgia de grande porte, assim sendo, é essencial que o paciente esteja ciente dos riscos envolvidos no procedimento e no pós-operatório.
Qual a diferença entre a cistectomia parcial e a radical?
Na cistectomia parcial, realizamos a remoção de apenas parte da bexiga, a região onde está localizada a lesão.
Geralmente, ela é recomendada para pacientes com tumores superficiais, evitando, assim, a necessidade de uma cirurgia de reconstrução.
Embora a remoção segura de tumores pequenos e bem localizados seja possível, é preciso estar ciente do risco do câncer se espalhar para outras partes da bexiga.
Já a cistectomia radical consiste na remoção completa da bexiga e na criação de uma derivação urinária ou ‘neobexiga’.
Esse procedimento também pode envolver a remoção de tecidos adjacentes aos órgãos próximos à região.
Nos homens, isso pode incluir a próstata, as vesículas seminais, ureteres distais e linfonodos.
Já nas mulheres, além da bexiga, poderemos retirar ureteres distais, linfonodos, útero, ovários, trompas, porções da vagina e uretra.
Quando a cistectomia deve ser realizada?

Esse tipo de intervenção é uma opção para o tratamento de câncer de bexiga.
Ela é indicada pelo urologista em estágios avançados da doença, como no estágio em que o tumor atinge a camada muscular da bexiga, ou no estágio quando o câncer já afeta os tecidos ao redor da bexiga.
Além disso, também indicamos o procedimento quando a lesão é de alto grau e não responde ao tratamento com BCG intravesical, que é a aplicação do medicamento diretamente na bexiga.
Como realizamos essa cirurgia?
Antes de realizar a cistectomia, o paciente precisa permanecer em jejum de pelo menos 8 horas e suspender o uso de medicamentos que possam interferir na coagulação sanguínea.
Assim, utiliza-se anestesia geral para realizar a cirurgia e, através de um corte no abdômen, ou vários cortes pequenos ( via laparoscópica ou robótica)
Então, podemos visualizar a pelve internamente e efetuar o procedimento.
Após a intervenção cirúrgica, o paciente deve permanecer sob orientação médica , evitando grandes esforços.
Existem possíveis complicações nesse procedimento?

Após a cirurgia, existem algumas reações esperadas, por exemplo:
- Sangramento;
- Dor;
- Formação de Coágulos Sanguíneos;
- Infecções;
- Incontinência Urinária;
- Obstrução do Fluxo da Urina.
Além disso, após a cirurgia radical de bexiga em homens, pode-se observar a interrupção da produção de sêmen e possível impacto na função erétil.
Já em relação às mulheres, a cistectomia pode prejudicar a vida sexual da paciente também, já que caso seja necessária a remoção de parte da vagina, a lubrificação e os orgasmos são impactados.
Ademais, costumamos encaminhar o paciente para a realizar sessões de quimioterapia ou radioterapia para impedir o surgimento de novas células tumorais.
Assim, é muito importante compreender os riscos e benefícios envolvidos antes de se submeter a todo esse tratamento.
É também fundamental contar com um urologista especialista, que fará o acompanhamento do paciente durante o processo, até a recuperação final!
Dr. Eder Rocha
Urologia e Cirurgia Geral
CRMPI 5615
- Especialista em Cirurgia geral pelo Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo;
- Especialista em Urologia pelo Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo;
- Título de Especialista em Urologista - TiSBU;
- Membro da Sociedade Brasileira de Urologia;
- Atualmente , Coordenador da Cirurgia Geral do Hospital Regional Justino Luz em Picos/Pi;
- Dr. Eder Rocha atende na Clínica Medcenter de Picos onde se dedica a oferecer uma consulta completa para indicar o tratamento mais apropriado para a realidade de cada paciente.